Quase metade do mundo pode ficar sem água até 2030, alerta ONU
A ONU (Organização das Nações Unidas) celebra nesta sexta-feira (22) o Dia Mundial da Água com uma reunião na sua sede em Nova York, nos Estados Unidos, e com eventos globais.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que até 2030 quase metade da população global terá problema de abastecimento. Isso vai acontecer porque, daqui a 17 anos, a demanda por água vai superar a oferta em mais de 40%.
Ele falou, ainda, que com a mudança climática e as necessidades das populações que crescem e prosperam, os governos terão de trabalhar juntos para proteger essa fonte natural.
"Mudança climática impacta a água. Porquê? O resultado da mudança climática são secas mais longas, enchentes mais intensas, e portanto, são impactos diretamente no sistema hídrico."
O Secretário-Geral também disse que nenhuma mensagem sobre a água pode ser feita sem mencionar o saneamento. Segundo ele, 2,5 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a um banheiro. O custo disso é visto em vidas, já que 4.500 crianças morrem diariamente, e também na queda da produtividade econômica do planeta.
O chefe da ONU fez um apelo por mais cooperação entre os países dizendo que a água é um recurso natural comum, além de ser a chave para um desenvolvimento sustentável. Ele afirmou que todos devem usá-la de forma mais inteligente e sem desperdício.
"Nós temos que ter essa visão integrada que a água é um elo de ligação de diferentes setores da economia, da energia, da agricultura e do transporte. E ela tem uma ligação muito importante com a saúde, através do saneamento. Eu esperaria que os governantes entendessem claramente a importância de cuidar da água", lembrou Braga.
Esforço da ONU
Ban Ki-moon afirmou que em 2013, quando é celebrado o Ano Internacional de Cooperação pela Água, o Dia Mundial da Água será dedicado a destacar os esforços conjuntos necessários para garantir uma fatia justa para as pessoas e o planeta.
A ONU, através de várias de suas agências, está promovendo a colaboração global de todos os setores. O Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) está apoiando um acordo político para a divisão de águas, como na base do rio Nilo, no Egito.
Já a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) e a Comissão Econômica para a Europa também estão empenhadas em projetos que envolvem o bem natural.